18 de fevereiro de 2015

[Resenha de livro] Extraordinário de R. J. Palacio

Extraordinário
de R. J. Palacio
❤❤❤❤❤

August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade.. até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular em Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apenas da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Extraordinário conta a história de Auggie, um menino que passou por uma série de cirurgias e complicações médicas desde o nascimento, devido a uma síndrome genética, que resultou em uma deformidade facial. Por ficar doente com facilidade, ele acabou não frequentando a escola e tendo aulas com sua mãe em casa.

Quando completou 10 anos, a mãe de Auggie sugeriu a ele que começasse a ir a escola, pois sua saúde estava estável. Aquilo pegou Auggie de surpresa, pois se não bastasse ser um ambiente novo, ele teria que lidar com os comentários dos estudantes a respeito da sua aparência.

A única razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma.

Após conversar com seus pais, ele resolve ir a escola para conhecer o diretor chamado Sr. Buzanfa e se depara com três alunos - Jack Will, Julian e Charlotte - que haviam sido selecionados para fazer um passeio com ele pela escola. Auggie estava se divertindo, até Julian fazer um comentário maldoso a respeito de seu rosto. Mas imediatamente Jack e Charlotte o defendem, o que mais tarde pesou na sua decisão de se matricular na escola.

Contado em primeira pessoa, os capítulos de Extraordinário são compostos pelo ponto de vista dos amigos e familiares de Auggie. A linguagem utilizada na obra é bastante simples e a forma leve de se tratar o tema bullying torna o livro ainda mais especial.

A lição que a autora quis passar é que, no fundo, todos somos iguais e que não vale a pena julgar uma pessoa pela aparência, pois podemos estar perdendo alguém valioso por isso. Todas as pessoas são especiais e únicas a sua maneira.

Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida.