Almas Gêmeas
de Nicholas Sparks
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Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro. Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem. Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade. O novo romance de Nicholas Sparks, na tradição de Diário de uma Paixão e Noites de Tormenta, aborda as muitas facetas do amor, os arrependimentos e a esperança que nunca morre, trazendo à tona a pergunta: por quanto tempo um sonho consegue sobreviver?
E cá estou eu com um novo romance do Nicholas Sparks. Quando li a sinopse, o que mais me chamou a atenção foi que nela está escrito que este livro segue a tradição do livro Diário de uma Paixão, que é um dos meus favoritos. Com isso em mente, bem como o estilo de romance do autor, eu já sabia meio o que esperar durante a leitura.
O livro conta a história de Hope, uma mulher de 36 anos que sonha em se tornar mãe, mas vê seu sonho cada vez mais distante devido ao seu namorado, chamado Josh. Embora ele sempre fale que quer formar uma família, não comenta sobre eles se casarem e sempre comete deslizes no relacionamento.
O último ocorreu na semana do casamento da melhor amiga de Hope, em que Josh fala que irá para Las Vegas com os amigos, deixando a namorada ir sozinha à Sunset Beach, onde ocorrerá o evento. Na verdade, porém, ela não vai sozinha: leva consigo seu cachorro, que sempre que possível está andando pela praia.
E é em uma dessas voltas pela praia que, durante uma travessura do cachorro, ela conhece Tru. Ele é da África e está ali para conhecer o seu pai biológico, que mandou uma carta recentemente descrevendo o desejo de conhece-lo. Mesmo intrigado, ele aceitou o pedido, especialmente porque gostaria de saber mais sobre a sua mãe.
Assim, como estão hospedados em casas vizinhas, Tru e Hope passam a se conhecer melhor e a perceber que o sentimento que nutrem um pelo o outro começa a aumentar cada vez mais. Porém, eles são de países diferentes. Possuem vidas distintas, tal como sonhos. Afinal, qual o rumo que eles irão decidir tomar?
Uma das coisas que mais acho incrível na escrita de Nicholas Sparks é a maneira de como ele consegue descrever os lugares de forma que o leitor possa realmente se sentir como se estivesse lá. Nesse livro, acho que foi a característica mais predominante, pois nota-se que as descrições foram feitas como se fossem a memória de um momento, tornando-as mais especiais.
Embora eu goste muito das descrições do autor, acho que senti falta da apresentação de histórias dentro do livro. Mais momentos, mais diálogos, mais aventura. Por conta disto, admito que não me simpatizei com o casal principal, tanto que estava mais interessada no encontro de Tru com seu pai, do que com o andamento da história de amor entre o casal principal.
Quanto ao desenvolvimento da história, o livro é dividido em duas partes: quando eles se conhecem e após anos se passarem. A primeira parte possui um ritmo bem lento, contando detalhes da história de cada personagens e descrevendo suas respectivas personalidades. A segunda parte possui mais acontecimento, um desenvolvimento mais rápido e é mais focada em acontecimentos recentes. Eu, particularmente, me prendi mais a segunda parte, pois há mais ação e esclarecimento sobre muitas questões, que me deixaram confusa (e intrigada) na primeira parte.
Enfim, eu gostei do livro, mas não foi um dos meus favoritos. Como não houve um melhor aprofundamento do casal, admito que a história de amor não me encantou tanto quanto poderia. Mas achei interessante saber sobre a vida de cada personagem e as suas histórias paralelas. Ressalto, por fim, que a descrição dos lugares deste livro é incrível; diversas vezes pude fechar os olhos e imaginar as cenas ali descritas perfeitamente, uma arte que Sparks faz sem igual.